sábado, 25 de outubro de 2008

Eu sou a princesa do Gueto

Estou começando este post citando meu primo de diagnóstico, Lindemberg, num momento de vergonha alheia e delírio extremos em que ele achou que podia ser príncipe de qualquer coisa. E isso aconteceu poucos minutos antes de algum policial encher a cara dele de porrada até o sujeito se lembrar de que é só um imbecil que não tem a mais vaga idéia do que tá fazendo no mundo. Além de ficar bonito desse jeito, claro:

E falar em "imbecil delirante que não tem a mais vaga idéia do que tá fazendo no mundo" sem lembrar de mim mesma é impossível.


Sabe, hoje eu peguei um ônibus pra vir pra faculdade às 8 horas da manhã e juro que vi da minha janelinha uma réplica de um 14 Bis tentando levantar vôo bem na minha rua.
Depois de alguns minutos observando, comecei a perceber que minha réplica do 14 Bis não passava de uma moto com 4 engradados de cerveja enfileirados na garupa.
Foi muito frustrante, eu já tava até procurando o cara bigodudo de chapéu escondidinho só vendo sua invenção se transformar num veículo de entrega da "casa da esfiha" - prq tinha um daqueles baldões de entrega deles bem atrás do meu "14 Bis".


Aliás, frustrante mesmo era o motoboy, né. Pelo menos pra quem já assistiu Loverboy naquelas sessões de pseudo-sacanagem pra adolescente que o Sílvio Santos mantinha na programação do SBT lá pelo começo dos anos 90 -quando eu ainda tava cogitando nascer, lógico - motoboy sempre é frustrante pra caralho.


Sabe, faz anos que eu espero um cara bonito trazer minha pizza aqui em casa pra eu chamar ele pra entrar e comer um pedaço, coisa e tal. Claro que nunca aconteceu, afinal sempre que eu peço pizza vem um sujeito com um padrão de beleza "Lindemberg" me entregar.



Às vezes dá até vontade de pedir pro cara passar a pizza pelo vãozinho da porta porque eles são tipo um um raio de sol no que se diz respeito à beleza - quanto menos você olhar diretamente é melhor pra você e sua saúde ocular.

Eu acho que deveria haver um delivery de pizza/loverboy meio que proposital. Tipo uns caras bonitos entregadores que já tivessem meio que avisados das outras funções que eles pudessem cumprir. Embora, sinceramente, se existisse um serviço desse tipo, muito provavelmente eu nunca chamaria o suposto entregador de pizza/loverboy bonito pra comer um pedaço lá em casa e coisa e tal, sabe. Isso prq eu não ia saber o que fazer com a gorjeta depois.
Se a pizza viesse escorregada pro lado, mas o cara fizesse tudo certo eu teria que dar gorjeta pra ele ou não? Porque veja bem, pode soar mal agradecido da minha parte não dar a gorjeta, mas o serviço pelo qual eu pedi na realidade não teria sido executado de forma correta.
Mas o pior mesmo é e se a pizza tivesse certa e o cara viesse meio escorregado pro lado.


Se bem que eu vou dizer pra vocês que eu NUNCA dou gorjeta. Pra ninguém. Pode ser o melhor garçom, o melhor entregador, o melhor taxista, eu não vou dar. A não ser que sejam centavinhos.
Só que ontem, por exemplo, eu peguei um taxi do qual eu não arredei o pé de dentro até o taxista me dar cada moeda que faltava do troco, isso porque ele tinha fodido com a minha paciência falando um zilhão de coisas sobre as quais eu não estava interessada durante o caminho inteiro pra minha casa. E tudo bem que eu não trabalho como puta, mas se eu nem te conheço e você me fodeu, então você vai ter que pagar, né.



Aliás se existisse um serviço de prostituição da paciência, eu não seria a princesa do gueto não, eu já ia ser tipo a princesa do mundo, do universo, e eu ia mandar em tudo e ter todo o dinheiro existente. Consigo ver até um homem verdinho de antena perguntando por quanto poderia vender a nave dele na cotação de qualquer dinheiro terrestre só pra poder foder minha paciência.



Outro dia tava aqui na faculdade à toa, ouvindo uma musiquinha, lendo um livrinho, e um sujeito que eu mal conheço resolveu me contar a vida inteira dele em 20 minutos sem o menor propósito. Acontece que os 20 minutos foram esticados pra 50 e, por mais que eu tentasse ir embora, o cidadão se enfiava em qualquer lugar que eu fosse e o discurso era nonstop: eu entrei na biblioteca, no elevador e até fechar a porta da minha sala eu fui ouvindo: "Porque minha mãe sumiu, minha namorada casou e não me ama mais e bibibibiiiiiiiii"


E a partir daí eu chego a conclusão que o grande dilema da minha existência é: "Eu tenho cara de penico?"



E enquanto penso nisso, eu vou elaborando minha plaquinha escrito:



Sou F60.31 na Classificação Internacional de Doenças.





Prq como disse muito bem um dos freqüentadores da comunidade doentinha do orkut: pelo menos agora, que todo mundo vai saber que a gente é igual ao sequestrador-assassino, as pessoas vão parar um pouco de torrar nossos bagos e de se meter com a gente.


E assim espero.


(A não ser que alguém implante a minha idéia do serviço de entrega de pizza loverboy. Os entregadores de pizza parecidos com o Gael Garcia Bernal que eu tenho em mente estarão autorizados a se meter comigo.)

12 comentários:

Anônimo disse...

Padrão Lindemberg de beleza foi foda ahaha

Ver coisas q nao existem é muito triste-anos atrás eu quase cumprimentei meu irmao achando q era 1 visita ahah é q ele tava com a cara no sol e eu enxergo tão bem quanto o Mister Magoo(td mundo duvida qdo eu digo isso ahah).Mas poxa.. eu tb queria ter visto o aviãozinho =/ ahaha

Pessoas que não param de encher a paciencia enquanto vc ta querendo ficar quieto:tive 1 colega q toooda vez q eu tava saindo da faculputas e indo em direção ao carro(calma cidadãos de bem-o magoo aqui nao dirige.a humanidade pode dormir em paz)e o sujeito ficava me contando mil coisas.. sendo q ele além de mudar de assunto em menos d 1 minuto,ficava pedindo o telefone da casa das minhas amigas!!Ele é daquele tipo que se atravanca na tua ffrente, fica te agarrando como se nao quisesse te deixar ir sair..graças a deus nunca mais vi.Caro ex-colega esteja vc onde estiver..FIQUE LÁ.Grato.

Anônimo disse...

"Depois de alguns minutos observando, comecei a perceber que minha réplica do 14 Bis não passava de uma moto com 4 engradados de cerveja enfileirados na garupa."

HAHAHAHAHAHA
BOTA A PORRA DO ÓCULOS QUE ISSO NÃO ACONTECE, CACETA HAHAHAHA

Anônimo disse...

ah e esse serviço de loverboy específico com outras funções que você sugeriu já existe

é só achar o anúncio num jornal BACANA (na Tribuna esquece porque só vai aparecer motoboy do nível lindembergue)

Anônimo disse...

mah... meu em vez de capitalizar a pentelhação...

ouvir chatice você vai ter que ouvir mesmo o resto da vida... ou então pode começar a rasgar o diploma (que nem saiu) em pedacinhos

faz uns cartões de visitas e quando alguém começar com a ladainha, saca um e já avisa

"Ok, eu te escuto, só que são R$ 100,00 a sessão"

vê se pensa, meu!

Anônimo disse...

òtima idéia Lisandra.

Se bem que pro chatolho ao qual eu me referi,500 ainda seriam pouco.

Anônimo disse...

"Caro ex-colega esteja vc onde estiver..FIQUE LÁ.Grato."

Nossa, Thiago, esse cara deve ter torrado seu saco com gosto hein

Anônimo disse...

Tá presa em Tremembé com teu amigo Lindembergue?
:D

Anônimo disse...

acho que vou mandar o M´qario(sim esse é nome do pentelho que citei no post) fazer companhia pro Lindemburgo

Anônimo disse...

esse papo todo sobre síndromes e tal me fez lembrar de duas bem estranhas que eu conheci outro dia... distúrbio de capgras e síndrome de Paris... conheçe?

Anônimo disse...

credo, aquele cedilha foi parar ali sem querer...

Aline Couto disse...

nao conheço nenhuma das duas. explique

Anônimo disse...

eu sei lutar